Estudo genético do solo aplicado à produção de algodão

Venha descobrir as aplicações da tecnologia genética do solo na produção de algodão.

A produção de algodão vem crescendo no Brasil nos últimos tempos. Atualmente, o Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de algodão. Isto reflete a importância desta cultura de maneira geral.

O algodão é uma planta perene da qual uma grande variedade de produtos se origina. Além disso, estes produtos apresentam um grande valor agregado.

Apesar destes benefícios, deve-se ter muito cuidado na implantação de uma produção de algodão. Para o sucesso desta implantação é importante obtermos o máximo possível de informações sobre o solo a ser cultivado.

Nos últimos anos, tem-se observado um crescente interesse na biologia do solo. Isto porque os micro-organismos podem ajudar enormemente na produção agrícola e na manutenção da qualidade do solo.

Várias ferramentas podem ser empregadas para obtermos informações sobre os micro-organismos do solo. Uma delas é o estudo genético, como a que a B4A realiza, através do serviço FB Diagnóstico.

Desta maneira, vamos explorar um pouco os resultados de um estudo genético de um solo cultivado com algodão.

Atributos relacionados com a saúde na produção de algodão

Examinando, inicialmente, os atributos microbianos que envolvem a saúde das plantas, pode-se observar alguns destaques.

Um exemplo destes destaques é o potencial para a produção de exopolissacarídeos. Estes compostos são importantes em auxiliar as plantas na resistência ao estresse salino e na retenção de nutrientes. Além disso, os exopolissacarídeos contribuem na estruturação dos agregados de solo.

Nos resultados também é possível notar algumas deficiências no solo estudado. O potencial da microbiota para produzir compostos voláteis é baixo, tanto para fungos, quanto para bactérias. Estes compostos são importantes para estimular os mecanismos de resistência sistêmica dos vegetais e o crescimento de raízes.

O potencial para produzir ácido abscísico também é baixo. Este hormônio também contribui para estimular a resistência sistêmica dos vegetais.

Isto nos permite inferir que, neste solo, as plantas podem estar mais suscetíveis ao estresse ambiental de maneira geral. Conforme já sabemos, o estresse ambiental é uma das causas de grandes perdas de produção em várias culturas.

Logo, tendo identificado esta fraqueza, o produtor, juntamente com o seu consultor agrícola, pode tomar decisões para que podem minimizar os efeitos que o estresse ambiental pode causar sobra a lavoura.

A microbiota e a nutrição do algodão

Uma das atividades mais importantes dos micro-organismos é sobre os nutrientes presentes no solo. Neste caso também foi possível identificar alguns atributos positivos e negativos da microbiota do solo estudado.

O potencial genético para disponibilizar fósforo para as plantas se destacou neste solo. No entanto, há possibilidades de aumentar este potencial pela introdução de organismos que solubilizam este nutriente. Também pode-se introduzir bactérias que mineralizam o fósforo orgânico presente no solo.

Em relação com as possíveis deficiências, o enxofre se destacou. O potencial para perdas deste nutriente é muito maior que o de ganhos. Isto sugere que, se forem observados sintomas de deficiência de enxofre nos vegetais, deve-se buscar uma ação corretiva. Esta pode ser tanto convencional como baseada em produtos biológicos.

A biodiversidade da cultura de algodão

O solo apresentou uma alta diversidade microbiana, tanto para fungos quanto para bactérias. Isto é positivo, pois alta diversidade normalmente significa um solo mais saudável.

Condizente com esta diversidade, identificamos vários organismos promotores de crescimento vegetal no solo, a maioria deles em alta frequência. Entre eles destacam-se gêneros de bactérias fixadoras de nitrogênio, entre outras.

De acordo com o alto potencial para fornecer fósforo, estão presentes neste solo bactérias que solubilizam este elemento, como Bacillus e Pseudomonas. Além disso, três gêneros de micorrizas foram identificados neste solo. Estes organismos são importantes em vários sentidos, incluindo o fornecimento de fósforo para as plantas.

Marcus Adonai Castro da Silva, microbiologista e cofundador da B4A

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