Você sabia que o potássio, um dos principais nutrientes envolvidos no crescimento das plantas?
Ele passa por uma incrível jornada no solo antes de estar pronto para ser absorvido pelas raízes!
Neste blog, mergulharemos nas diferentes transformações que o potássio enfrenta no solo, revelando como os micro-organismos desempenham um papel crucial nesse processo.
Introdução
O potássio é um dos macronutrientes essenciais para o crescimento saudável das plantas.
Ele é fundamental para a regulação de diversos processos, como:
- Pressão osmótica
- Ativação enzimática
- Síntese proteica
Desse modo, para que as plantas possam absorver potássio, ele deve estar na forma solúvel no solo.
No entanto, o potássio geralmente está presente em minerais insolúveis e precisa passar por uma série de transformações antes de se tornar efetivamente disponível para as plantas.
Vamos explorar essas transformações do potássio no solo e destacar o importante papel dos micro-organismos nesse processo.
Formas de Potássio no Solo
Primeiro precisamos entender as diversas formas que podemos encontrar o potássio no solo.
O potássio no solo pode existir em várias formas:
Potássio Solúvel: Esta é a forma que as plantas podem absorver diretamente, geralmente encontrado na solução do solo na forma de íons K+.
Potássio Trocável: O potássio que está ligado a argilas e materiais orgânicos no solo, onde pode ser trocado com outros cátions por meio de reações químicas, por exemplo, ligados ao cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+).
Potássio Não Trocável: Este é o potássio presente em minerais insolúveis no solo, como feldspatos e micas. As plantas não podem acessá-lo diretamente.
Transformações do Potássio no Solo
Agora que já sabemos as formas que podemos encontrar o potássio no solo, precisamos entender como ele se transforma ao ponto que possa ser enfim absorvido pelas plantas.
As transformações do potássio no solo são influenciadas por vários fatores, como pH, umidade, temperatura e claro, a atividade microbiana.
Vamos explicar algumas das principais transformações:
Intemperismo Físico e Químico: A ação de intemperismo físico (como expansão e contração do solo) e químico (reações com água e ácidos) pode liberar íons de potássio das partículas minerais, tornando-o disponível na solução do solo.
Trocabilidade: A capacidade de troca catiônica (CTC) do solo influencia a quantidade de potássio trocável disponível para as plantas, portanto aumentar a acidez do solo pode também aumentar a liberação de potássio trocável.
Mineralização da Matéria Orgânica: Por fim, através da decomposição da matéria orgânica pelos micro-organismos pode-se também liberar potássio na forma de íons K+ na solução do solo.
Solubilização do potássio: Acontece quando os micro-organismos liberam ácidos orgânicos no meio, removendo o potássio presente em minerais como as micas e os feldspatos ou os que estejam ligados às partículas do solo. Já os ácidos orgânicos são liberados durante o metabolismo celular normal dos micro-organismos.
O Papel dos Micro-organismos no Ciclo do Potássio
Como você já deve esperar, os micro-organismos do solo desempenham um papel vital na ciclagem do potássio.
Eles realizam processos de mineralização, onde micro-organismos decompositores, como bactérias e fungos, quebram a matéria orgânica no solo, liberando potássio na forma solúvel.
Mas também podem agir na liberação de Ácidos Orgânicos, produzindo ácidos orgânicos que podem acidificar o ambiente do solo, promovendo a liberação de potássio de minerais insolúveis.
Um bom exemplo são as bactérias do gênero Bacillus, como a B. megaterium e a B. subtilis.
Essas bactérias produzem ácidos orgânicos, como o ácido cítrico, que reagem com minerais de potássio, liberando íons K+ na solução do solo, tornando-o mais acessível para as plantas.
Conclusão
O potássio no solo passa por várias transformações antes de se tornar disponível para as plantas.
E manter uma comunidade microbiana diversa no solo é essencial para garantir que as plantas tenham acesso ao potássio necessário para seu desenvolvimento.
Portanto, o entendimento da microbiota do seu solo permite explorar estratégias que aproveitam todo o potencial dos micro-organismos para melhorar a fertilidade do solo e a nutrição das plantas.
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Autoria: Marcos Cabral e Estácio Odisi da B4A