A tecnologia genética aplicada na cultura do melão

Descubra como o estudo da genética do solo pode ser aplicada na cultura do melão.

O Brasil é um grande produtor de frutas como o melão, sendo um dos cinco maiores produtores, exportando a fruta para todo o mundo. A região nordeste detém quase a totalidade da produção, sendo responsável por 95%, sendo que o maior exportador é o Rio Grande do Norte. A produção de melão em regiões mais secas se beneficia da menor incidência de doenças, proporcionando uma maior qualidade dos frutos.

Como alimento, o melão é um importante aliado no combate a várias doenças, sendo uma fonte significante de nutrientes como o potássio e o cálcio. Considerando-se as características da região produtiva do melão e a sua importância nutricional, irei apresentar neste texto os resultados de um estudo, produzidos com a ferramenta FB Diagnóstico, desenvolvida pela B4A, de um solo cultivado com melão.

Como expus anteriormente, uma das características do cultivo de melão é que ele ocorre em regiões do país que estão muito suscetíveis à seca. Porém, a microbiota do solo pode ser benéfica, contribuindo para a resistência desses vegetais à condição climática estressante. Condizente com isto, nós podemos constatar que, no estudo realizado, a microbiota apresentou um potencial razoável para proteção contra a seca. Os dois atributos que mais se destacaram foram a produção de exopolissacarídeos e de ácido salicílico. Ambos estiveram muito altos na amostra, em comparação com outros solos similares presentes no banco de referência da B4A.

A proteção contra seca proporcionada pela microbiota

Apesar desse potencial, nós também observamos que a capacidade de proteção contra a seca da microbiota desse solo pode ser melhorada. Dois elementos, a produção de ácido abscísico e de ACC desaminase, estavam em frequências inferiores à média para solos similares. Portanto, o emprego de bioinsumos, contendo ativos biológicos capazes de produzir esses metabólitos, pode melhorar a resistência dos meloeiros à seca .

Os atributos nutricionais que favorecem o melão

Como vimos, o melão pode ser uma importante fonte de cálcio e potássio. Como em muitos solos a disponibilidade desses nutrientes é limitada, pois se encontram em formas químicas que as plantas não absorvem, é interessante que a microbiota possa contribuir nutricionalmente, realizando processos que tornam tais elementos mais disponíveis ao meloeiro.

Em se tratando do cálcio, a microbiota do solo analisado apresentou um baixo potencial para disponibilização do elemento para as plantas, pois a capacidade de solubilização de cálcio encontrou-se muito abaixo da média, em comparação com outros solos cultivados com melão. Por outro lado, a precipitação do cálcio induzida pela microbiota estava bastante elevada. O resultado é que a microbiota apresenta uma maior tendência a tornar o cálcio menos disponível no solo do que favorecer a absorção dele pelas plantas.

Considerando-se o potássio, o cenário é um pouco diferente. O solo apresenta equilíbrio, com uma leve tendência a promover o ganho deste elemento. Contudo, em comparação com outros solos similares, o potencial para o metabolismo de potássio da microbiota desse solo está muito baixo. Isso porque há grandes possibilidades de incrementar o fornecimento desse nutriente para os meloeiros pelo manejo da microbiota. Não identificamos na amostra vários micro-organismos que atuam nesta finalidade. e seu uso poderia aumentar o potencial nutricional do solo.

Dr. Marcus Adonai Castro da Silva – cofundador da B4A.

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